Diferentes áreas têm buscado apoio nas inovações tecnológicas e nos conceitos que surgem, como Inteligência Artificial, Machine Learning, Deep Learning, Big Data e tantos outros. Entre eles está o setor de trânsito, que busca o aprimoramento da eficiência, gestão, mobilidade urbana, segurança pública.
Hoje, graças às tecnologias de Deep Learning é possível identificar veículos sem placas ou com elas adulteradas durante uma evasão de pedágios, por exemplo, com o apoio de algoritmos. Isso porque, muitas vezes, o veículo que atravessa as praças de forma irregular utiliza artifícios que escondem ou obstruem a placa.
Há soluções disponíveis no mercado que utilizam fotos do automóvel infrator para extrair as suas características e compará-las, como ocorre em um reconhecimento facial, só que nesse caso aplicado aos veículos. A busca é feita por meio da comparação feita com o auxílio de um banco de imagens. O sistema procura uma foto em que o veículo infrator apareça com a placa nítida e analisa os detalhes para a sua identificação.
O processamento de imagens, feito por meio de um mesmo dispositivo ou de dispositivos distintos, permite a fácil localização de informações e das fotos do veículo investigado pelas concessionárias ou pela polícia, através do reconhecimento de características únicas. A solução ainda é capaz de excluir o cenário onde as imagens foram registradas, como fundo, cancela, barreira óptica, faixas pintadas na pista, entre outras. O foco é analisar o máximo possível de detalhes do veículo – cantos, bordas, texturas – a partir de imagens similares do mesmo automóvel.
Esta inteligência artificial oferece uma taxa de localização de aproximadamente 80%, o que é ampliado se a instalação for realizada em pontos de monitoramento estratégicos, isto é, próxima aos postos de fiscalização policial.
Além das concessionárias de pedágios e rodovias, a polícia militar, civil e rodoviária, tanto estadual como federal, usufruem dessas soluções na investigação de um veículo suspeito, sem placas ou com placas irregulares e adulteradas ou, ainda, para as operações de inteligência policial.
*Por Ricardo Carnieri, gerente de engenharia da Pumatronix