Tecnologia é a melhor perspectiva das cidades inteligentes.
Quanto mais se fala em mobilidade urbana, mais novas tecnologias surgem para melhoria de toda a dinâmica. Diferentes vertentes apontam soluções variadas para gerar fluxo e segurança tanto para veículos como para pedestres.
Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, disse em uma entrevista*, “sei que há urbanistas que falam em autossuficiência de bairros para resolver os problemas de mobilidade urbana, porém eu acredito nas cidades como um todo. É possível ter um bairro autossuficiente, mas isso não elimina a necessidade de se ter uma cidade interdependente e conectada.”
Nesse sentido, além do planejamento as tecnologias trazem funcionalidades para que a conexão urbana seja mantida com qualidade. Não basta investir em melhorarias estruturais. Equipamentos e soluções agregam novos limiares de fiscalização e monitoramento e com isso, amplia-se a aplicação da legislação e maior inserção de uma inteligência no trânsito por meio de análises mais conclusivas.
Conectar uma cidade com eficiência é trazer bem-estar, já que proporciona aos cidadãos novas oportunidades de convivência e satisfação. Reduzem crises emocionais, o estresse e a perda de tempo e qualidade de vida.
O investimento em tecnologia para melhoria de mobilidade urbana é também a garantia de igualdade. Já que ao monitorar os fluxos aplicam-se os mesmos direitos e deveres para diferentes tipos de veículos e também para os pedestres. Seja por excesso de velocidade, avanço de sinal ou parada em local inadequado a educação imposta por meio das penalidades é justa a partir do momento em que todos tem que cumprir a lei independente de posição social ou financeira.
Como uma cidade cresce todos os dias, a mobilidade urbana é uma constante na rotina do planejamento. Se o objetivo é a evolução para impulsionar a economia e a qualidade de vida, ter a tecnologia como aliada para garantir a conexão de toda cidade é avançar para melhores perspectivas. Lerner completa, “o importante é que a cidade nunca pare de inovar e nunca deveria parar.”
* Entrevista para o livro “ O Automóvel – O planejamento urbano e a crise das cidades.”